Ouçam bem, pois esta é a história de um rei… Um rei que caiu. Mas antes da queda, houve ascensão. E antes da ascensão, houve dor.
e nasceu no topo, onde o ouro escorria pelas mãos e o poder parecia infinito. Filho de uma linhagem nobre, um escolhido pelos deuses… até que sua própria família o traiu.
Jogaram-no para baixo, para o fundo do poço que ele jamais pensou existir.
Ah, a miséria… como ela molda os fortes e destrói os fracos. Mas este não era um fraco.
Entre os ratos e os desesperados, ele aprendeu que o mundo não era justo. Que a bondade era um jogo para tolos. Então, ele não foi bom.
Ele cresceu com ódio. Um ódio refinado, lapidado como uma joia. E quando chegou a hora certa… ele subiu novamente. Mas não como um homem. Como um rei.
A coroa que ele tomou não lhe foi dada. Ele a arrancou à força da cabeça de outro. E sob seu comando, o reino prosperou.
Não pela paz, mas pelo medo.
Seus súditos curvavam-se não por amor, mas por temor. Seu exército não protegia, mas vigiava. Sua palavra não era uma bênção… era uma sentença. E assim ele reinou.
Mas todo império tem um inimigo. O dele veio na forma de quatro. Quatro sombras. Quatro vozes. Quatro que ousaram expor sua verdade.
E quando o povo os ouviu…
Ah, o rei riu.
— Pobres tolos — disse ele. — Vocês acham que a verdade os libertará?
Mas ele subestimou o coração humano. A faísca acendeu-se. E em pouco tempo, o fogo consumiu tudo. Ele tentou esmagá-los. Matou os quatro diante de todos. Ou pelo menos… assim pensou.
Mas o rei, tão astuto em manipular, foi manipulado. Os mortos não estavam mortos. Os fios que ele sempre puxou foram cortados.
E então, a maré virou. O povo se levantou. O rei, enfurecido, propôs um jogo. Um jogo de morte e poder. Uma chance para que o matassem. Mas o jogo foi vencido antes mesmo de começar. Os quatro retornaram.
A traição foi revelada. E o rei, que uma vez segurou as rédeas do destino, viu-se nas mãos daqueles que desprezava.
E então… ele dançou.
Arrastado, humilhado, cuspido pelo mesmo povo que outrora o temia. Eles o colocaram de joelhos. Eles decidiram seu destino. E ele, o invencível, se tornou nada.
O último golpe não veio de uma lâmina real. Veio de centenas de mãos. Golpe após golpe, grito após grito…
O rei caiu...E assim, terminou o reinado do homem que pensava estar acima de todos.
Mas escutem bem, pois toda história tem uma lição. Poder é um jogo cruel. Um jogo que poucos vencem. Mas no fim...O mal sempre perde.
