Capítulo 11
Snape respirou fundo ao ouvir aquela frase. Se Harry soubesse que tudo que mais queria era fazer amor com ele, levá-lo ao céu e de volta para a terra em segundos, dar-lhe o maior dos prazeres que um Alfa pode dar para seu Ômega. Se fosse de seu desejo o pegaria no colo naquele momento, rasgaria-lhe a calça e adentraria em seu corpo com a selvageria de seus genes, mas também o beijaria com calma se assim lhe pedisse, demoraria quanto tempo precisasse para despir o corpo e preenchê-lo com seu mastro.
Deu um passo à frente sentindo a proximidade esquentar-lhe o sangue, em pouco tempo estaria fervendo. Levou uma mão ao rosto do pequeno e acariciou a bochecha devagar, apenas um raspar de pele, mas que deixou Harry com os cabelos em pé.
- Certeza? - Perguntou sem necessariamente precisar, podia sentir pela ligação que Harry estava pronto, tanto física como psicologicamente para se entregar a esse ato.
- Tenho. Sei que não vai me machucar.
- Jamais. Confie em mim.
Um sorriso ergueu-se nos lábios de Harry que apertou os braços ao redor do pescoço do professor e o puxou para um beijo respondendo sobre sua confiança ao sonserino.
Snape enterrou uma mão nos cabelos pretos e eternamente revoltados de Harry puxando-o de leve apenas o suficiente para que o mais jovem suspirasse em seus lábios abrindo a boca o bastante para que sua língua o invadisse. Uma língua voraz e habilidosa, explorando cada cantinho da boca do outro, bailando de forma atrevida com a dele e então saindo e lambendo os lábios rosados antes de adentrar e retornar o bailado sensual. A sensação do beijo de Snape era como receber em sua língua a fruta mais doce e suculenta que transmite ao corpo o prazer de seu mel.
- Severus. - Suspirou Harry quando a diabólica língua de seu Alfa abandonou-lhe os lábios para aventurar-se por seu pescoço. - Deus!
- Melhor deixar Deus fora desse momento, senhor Potter, ele se envergonharia do que farei com você. - Aquela voz em seu ouvido seguido de uma mordida no lóbulo fez as pernas de Harry bambearem.
Apesar de seus joelhos fraquejarem, Harry não caiu ao chão devido as mãos fortes de Snape que o seguraram pelo quadril o apertando de leve. O homem dava atenção a sua clavícula com lábios feitos de fogo e língua ardente. Cada centímetro de sua pele parecia queimar e o calor era transferido diretamente para o meio de suas pernas.
- Severus. - Chamou Harry novamente em meio a um gemido quando os dentes rasparam a curva de seu pescoço. - Eu preciso de você.
- Eu sei meu pequeno. Eu sei. - Respondeu em um sussurro ao pé do ouvido esquerdo e então roçou os lábios pela mandíbula até o ouvido direito onde acomodou o lóbulo entre os dentes mordendo de leve antes de sussurrar novamente. - Que tal um banho primeiro?
- Não quero banho, quero que me foda, agora.
Snape soltou uma leve risada ao ouvir a voz desesperada de Harry enquanto o sentia puxar seus cabelos. Quase gemeu com esse ato. O menino ainda tinha seus cabelos negros presos fortemente entre seus dedos quando o olhou intensamente com suas íris queimando como carvão em uma fornalha. As palavras baixas do menor o fez engolir a saliva que se criara em sua boca só de imaginar o fodendo.
Mas foder por foder não transmitiria a Harry o que queria deixar mais do que claro. Que Harry não era apenas um buraco para se satisfazer como Zabini fizeram tantas vezes, ele era seu Ômega, um homem que deveria ser desejado, admirado e seduzido.
- Eu vou fodê-lo até amanhã, Harry, de todas as maneiras que desejar, em posições que jamais imaginou, vou fazê-lo gozar até não ter mais o que sair. - Os olhos esmeraldas arregalaram-se e as pupilas se dilataram repletas de luxúria. - Mas antes, eu quero banhá-lo. Me deixe cuidar de você.
Cuidar. Snape, um macho adulto e viril como a imagem de um Alfa deveria ser queria cuidar do ômega que estava inteiramente entregue em suas mãos. O homem demonstrara cuidado consigo durante aqueles três meses, paciência e carinho, fora tão bom que as vezes parecia até mesmo um sonho. No entanto seus dedos tocando a pele pálida deixava claro que de sonho aquele momento não tinha nada. Snape estava a sua frente, os cabelos negros presos em seus dedos, os olhos ardentes em sua direção e as mãos de dedos longos apertando seu quadril em direção ao seu próprio deixando-o sentir sua enorme ereção presa nas calças.
Não haveria nada que ele pedisse que não aceitasse.
- Está bem.
Os dedos se soltaram dos cabelos negros devagar. Snape liberou o aperto em seus quadris e segurou em sua mão levemente entrelaçando seus dedos e então o puxando para o banheiro. O local era menor do que de seus aposentos, mas ainda era enorme com uma banheira, duas duchas e um lavabo. O professor foi até a torneira da banheira e liberou a água usando os dedos para medir a temperatura tirando-os quando a água estava na medida certa. Enquanto a banheira enchia Harry o observava colocar ali dentro alguns sais de banho que rapidamente fizeram espuma arrancando de si um sorriso que foi compartilhado quando o mestre de poções o encarou.
Não foram ditas nenhuma palavra, Snape se aproximou devagar, um pé depois do outro e levou os dedos para a roupa de Harry retirando cada peça com uma lerdeza absurda. Snape sentia que a cada peça retirada a conexão de ambos aumentava como se barreiras fossem quebradas e a pele do ômega buscasse a sua, a sensação era tão forte que nem mesmo esperou que Harry conseguisse desabotoar todo seu sobretudo usando suas próprias mãos para forçar e quebrar os botões quase rasgando a veste até que estivesse fora de seu corpo assim como a camisa que agora jaziam no chão.
Harry amava o corpo de Snape, era grande, longo e trazia poucos músculos, alguns ganhos após começar a treinar para o desafio com Zabini, outros naturais que ficavam escondidos embaixo de tanta veste. Era ânguloso, magro e delicioso de se olhar. Devagar se aproximou espalmando a mão em seu peito, o menino fechou os olhos e Snape gemeu guturalmente quando o abraço dele fez os peitos se tocarem. Com os lábios entreabertos e arrepios trespassando por cada centímetro de sua pele Snape se afastou apenas o suficiente para levar sua mão a cueca dele e a baixar deixando a roupa deslizar pelas pernas até acomodarem-se aos pés de Harry que rapidamente as jogou longe junto com os sapatos, tudo sem afastar os olhos dos de Snape, o fazendo apenas quando o mestre de poções retirou as próprias calças junto com a cueca e libertou a ereção grande e dura que apontava em sua direção.
Harry safadamente olhou para aquele mastro e lambeu os lábios fazendo Snape gemer e o puxar para um beijo enquanto seus dedos apertavam os montes macios do mais jovem o puxando com força fazendo-o pular em seus braços enrolando as pernas em sua cintura.
Sem parar de beijá-lo e achando que iria enlouquecer ao sentir sua ereção roçando as nádegas de Harry, Snape caminhou até a banheira entrando devagar. Harry soltou um gritinho ao sentir a água quente bater em sua bunda causando uma risada gostosa de se ouvir saindo da garganta do homem.
Devagar Harry foi posto sentado na beirada da banheira ficando apenas com suas pernas para dentro da água, Snape se ajoelhou a sua frente e o puxou para um beijo lascivo. Harry já sabia o que ia acontecer, pois o professor fizera muito disso nos últimos dias, se ajoelhava a sua frente, segurava sua ereção entre os dedos e mexia a mão para cima e para baixo masturbando-o enquanto o beijava intensamente, mas agora a intensidade de sua ligação fazia com que o prazer duplicasse, talvez até mesmo triplicasse, não saberia dizer, só sabia que poderia gozar apenas de sentir a força da magia que corria de um para o outro enquanto ficava cada vez mais duro nas mãos de Snape. Mãos que logo foram substituídas pelos lábios esfomeados. A boca era faminta e chupava seu pau com destreza subindo e descendo fazendo a língua roçar pela veia saltada. O mais velho por vezes tirava o pênis da boca e acolhia as bolas cheias raspando os dentes de leve fazendo Harry arquear as costas e levar a mão a sua cabeça prendendo os dedos em seus fios negros antes de puxá-lo para mais perto.
O sabor de Harry era delicioso, cada gota que escapava da cabeça vermelha era tomada em sua garganta em meio a uma chupada profunda levando o pênis comprido até a guela e voltando. Sua mão hora postava-se nas coxas torneadas do jovem apertando os músculos rígidos, hora caminhava-se para suas nádegas sentindo a maciez de seus glúteos. Antes de Harry, jamais imaginou que estaria daquela forma, ajoelhado com um pau na boca chupando as bolas enquanto sentia a pessoa controlando sua cabeça com dedos fortes, mas agora não conseguia pensar em não dar aquele prazer ao menino, ainda mais ao olhar pra cima e vê-lo com o rosto corado, os lábios levemente entreabertos e os olhos presos aos seus com pupilas dilatadas de prazer. Tudo que queria era que ele chegasse ao clímax de seu corpo, ao ápice de seu prazer e despejasse-se em sua boca para que tomasse toda sua essência, Harry adorava vê-lo bebendo seu gozo e Snape podia gozar só de ver o quanto Harry gostava daquilo.
- Severus! - Gritou Harry fechando os olhos com força e abrindo a boca em um gemido gutural.
Snape fechou seus olhos sentindo o corpo de Harry contrair, ele estava muito próximo. Aproveitando do prazer enorme que o menino sentia segurou a base do pênis dele com uma mão, chupou com mais força o mastro duro e levou um dedo atrevido até a entrada do garoto rodeando-o e então quando a ponta de seu dedo liberou a passagem Harry puxou sua cabeça com força enterrando-o em seus pelos fazendo com que seu pau deslizasse pela garganta do professor enquanto soltava jatos de porra em sua boca. Snape concentrou-se para não engasgar e respirar com calma pelo nariz. Aos poucos engoliu toda a semente de Harry e o sentiu soltá-lo devagar enquanto o pênis amolecia assim como seu dono. Retirou o dedo da entrada do menino e levou a mão as costas dele o segurando para não cair para trás. Harry abria e fechava os olhos devagar, tomado do prazer que ainda percorria seu corpo.
- Isso foi intenso. - Comentou o jovem sorrindo bobamente quando Snape aproximou o rosto do seu.
- Foi a ligação, ela intensifica tudo, cada toque, cada gesto, até as batidas do coração. Isso por que eu não o marquei ainda, com a marca tudo fica muito maior, o prazer de um Alfa e um Ômega destinados, marcados pela ligação e não por dominação é algo indescritível. Sentiu o poder aumentar?
- Ah eu senti muitas coisas aumentarem, Severus. - Brincou safadamente lambendo o canto dos lábios finos por onde saia uma gota de sêmen. - Esqueceu de limpar aqui.
- Deixei pra você. - Sussurrou Snape tomando a boca de Harry na sua o puxando para perto e enfim entrando na banheira.
A água se mexeu bastante enquanto se beijavam, o desespero do contato se mostrando nos gemidos enquanto seus pênis esfregavam-se um no outro, o de Harry já duro e pronto novamente, o de Snape roxo de vontade de se despejar. Mas queria que fosse tudo para Harry, que ele sentisse como era fazer amor e não ser abusado, por isso respirou fundo e afim de se controlar começou a ensaboá-lo com calma, beijando cada espaço de pele. Era tão calmo e delicioso dedicar-se a ele, entregar seu tempo e seus esforços para vê-lo bem e então quando recebia um daqueles sorrisos bobos do menino cheio de dentes e alegria só conseguia pensar que o queria para toda a eternidade, já nem se lembrava mais das implicâncias da época em que ele era seu aluno, nem mesmo via o rosto de Thiago no dele, tudo que via era Harry, seu Harry, seu Ômega, molhado com espuma de sabão no cabelo, os olhos esmeraldas brilhando em sua direção, um rosto lindo e perfeito que fazia seu coração palpitar mais rápido.
De repente seu corpo ficou mais quente enquanto levava sua mão a bochecha dele acariciando de leve, seus olhos negros hipnotizados, havia algo acontecendo dentro de si como se um mar estivesse revoltado com ondas enormes batendo em paredes de iceberg, quebrando o gelo, desfazendo aquele monte gelado e duro. Demorou um pouco para entender que o mar era Harry e que o iceberg era seu próprio coração. O menino estava derretendo seu gelo, quebrando o iceberg em diversos pedacinhos que agora fazia parte do mar para então sobrar apenas o coração livre.
Foi então que o mar se acalmou e Snape percebeu e sentiu o poder que cresceu dentro de si. Podia sentir a magia emanando em sua pele, nas pontas dos dedos e em seu olhar. O poder que vinha dele, de Harry, o poder do ômega. O poder que tanto ouviu Dumbledore falar e agora sentia estourando dentro de sua alma.
- Harry. - Chamou Snape ainda acariciando suas bochechas e o olhando como a jóia mais rara do mundo. A voz apenas um leve sussurro. - Eu acho que te amo.
Os olhos de Harry se arregalaram. Ainda que jovem e pouco experiente em questões de relacionamento, entendia a complexidade e importância daquela frase, ainda mais para alguém como Snape sempre tão reservado com seus sentimentos não deixando ninguém adentrar ao seu casulo e descobrir o pouco que fosse sobre si. Deveria ser difícil para o homem compreender esse novo sentir e mais ainda o revelar para si, por isso Harry sorriu e se aproximou fazendo o mesmo carinho na bochecha.
- Eu também te amo, meu Alfa.
Ouvir aquelas palavras causou um frenesi de sentimentos em Snape que sempre imaginou-se morrendo sozinho sem ter encontrado a pessoa perfeita para dividir a vida consigo. Agora ela estava ali, bem a sua frente lhe dando certeza de que lutaria até o fim para conseguir ficar com ele.
- Ah, Potter, Potter. – Gemeu Snape quando Harry mordeu de leve seu queixo.
Em um movimento rápido ergueu Harry em seus braços deixando-o enlaçar as pernas em sua cintura. O jovem segurou-se nos ombros largos enquanto caminhavam em direção a cama, seu coração batendo cada vez mais rápido. O depositou de costas no colchão sem se importar de estarem molhados, o calor que subia por seu corpo era urgente, precisava de Harry, precisava de seu ômega, senti-lo por inteiro, adentrar ao seu corpo e se sentir pertencente aquele lugar. Seus lábios beijaram os dele com tamanha urgência que gemidos não conseguiam ser contidos, assim como as mãos que passeavam por todo o corpo de ambos, as vezes misturando-se sem nem mesmo saber onde um começava e o outro terminava.
Sem cerimônias virou Harry de bruços que soltou um gritinho de surpresa antes de apertar os dedos no lençol enquanto a língua safada traçava um caminho por sua espinha até seu cóccix. Os olhos esmeraldas abriam e fechavam com o prazer pulsante, sua boca entreaberta deixava o ar ofegante sair junto com leves gemidos. E então jogou a cabeça para trás gritando alto ao sentir as mãos firmes afastarem as bandas de sua bunda e a língua atrevida passar por sua entrada deixando-a molhada.
- Oh Merlin! – Gemeu alto.
- Gostou, senhor Potter? – Questionou Snape com a mão em seu pescoço puxando-o para trás a fim de olhar em seus olhos, tal posição fez seu membro ereto cutucar a entrada de Harry retirando de dentro de si mais um gemido. – Eu lhe fiz uma pergunta, é falta de educação não responder.
- Você é um bastardo sadista sabia?
- Sou mesmo e você gosta.
- Gosto, com você eu gosto. Faz de novo, Severus. – Pediu Harry já rebolando sentindo o pênis de Snape em sua entrada. – Me lambe lá.
- Que Ômega mais pervertido esse meu.
- E que Alfa mais safado esse meu. – Respondeu Harry sorrindo e sentindo Snape largar seu pescoço e descer a língua por sua coluna novamente, diretamente para seu meio.
Sem vergonha alguma Snape lambeu e chupou a abertura de Harry enquanto apertava seus montes com os dedos firmes.
- Me bate.
Por um segundo Snape paralisou sem saber se tinha escutado o que ele havia pedido. Mas então Harry pediu novamente confirmando que desejava que batesse em si. Respirando fundo passou as mãos de leve na bunda alva vendo que facilmente ficava vermelha, com delicadeza depositou um beijo em cada banda antes de se deitar sobre Harry ainda de bruços e sussurrar em seu ouvido.
- Bato, mas preciso saber como você quer e por quê.
- Forte.
- O quão forte? – Apesar do carinho que fazia na pele dele, o mexer de quadris incentivando o desejo e sua boca causando arrepios no lóbulo da orelha, Snape estava extremamente atento a resposta de Harry, pois sabia e entendia o motivo do pedido dele. Mesmo que o próprio Harry não soubesse.
- O mais forte que conseguir. – Respondeu Harry de olhos fechados sentindo a mão de Snape ser levada até sua bunda e um dedo molhado cutucar seu ânus.
- Por quê? – Perguntou enquanto quebrava a resistência e enfiava um dedo em Harry que gemia baixinho.
- Porque era assim que eu sentia prazer. Quando ele me batia e me xingava enquanto me fodia.
O dedo de Snape parou o movimento por tempo o suficiente para puxar a cabeça de Harry e beijá-lo docemente, então voltou a se mover causando uma excitação tamanha em Harry que o menino despejou-se nos lençóis, o gemido preso no meio do beijo. Snape não parou de beijá-lo nem quando seu corpo se acalmou, muito menos o dedo que agora trabalhava para que o segundo o acompanhasse. Entender que Harry aprendeu a achar o prazer na dor, pois fora assim que vivera por tanto tempo ao lado de Zabini, era triste e revoltante. Mais revoltante ainda era saber que tinha apenas três dias junto a ele para convencer seu subconsciente de que tudo aquilo era mentira, que o prazer para ele tinha que ser gostoso e não doloroso. Não sabia se conseguiria em três dias, faria o possível e se conseguisse vencer usaria toda sua vida para que Harry soubesse o que era ser verdadeiramente amado.
- Vou te mostrar como um ômega deve ser tratado, Harry. Eu farei tudo o que me pedir, mas só te darei prazer. Você nunca vai sentir dor nas minhas mãos, meu pequeno.
Erguendo-se novamente e ficando de joelhos no colchão Snape puxou Harry para que ficasse de quatro e admirou sua bunda alva. Então, quando o jovem o olhou com expectativas, sua mão estralou em uma das bandas, a força devidamente medida para causar uma leve vermelhidão e nenhuma dor. Harry apertou as mãos no lençol e jogou a cabeça para trás gemendo. O homem apertou uma mão em seu quadril e a outra desceu novamente em direção ao monte alvo. Cada tapa era acompanhado por beijos e lambidas enquanto sua mão masturbava o pênis que começava a se erguer novamente. Harry gemia alto e gritava seu nome pedindo mais, porém Snape sabia os limites que deixariam Harry no liminar de dor e prazer.
Quando não estava aguentando mais, seu pênis ardendo de tão duro e sua alma pedindo aquela ligação, virou Harry de costas e se deitou sobre ele beijando seus lábios vermelhos. Suas mãos guiaram as pernas dele para sua cintura onde foram entrelaçadas e seu membro para a entrada, a cabeça já cutucando-o. Ele estava pronto, podia sentir dentro de si que dessa vez não havia nenhuma dúvida, nenhum receio. Harry o queria dentro de si também, precisava dele. A ligação entre ambos gritava em suas veias, precisavam dessa união. E ela ocorreu de forma lenta, pedacinho por pedacinho. Os olhares não se abandonaram enquanto avançava na penetração, seu pênis era grosso, mas Harry o aceitava aos poucos. Por vezes o jovem franzia a testa e fechava os olhos e Snape parava o movimento esperando-o se acostumar para então seguir em frente. De sua testa descia suor que fazia seus cabelos grudarem no rosto. Quando estava quase todo dentro pegou os braços de Harry o jogando acima de sua cabeça no colchão e entrelaçando suas mãos, seu rosto acima do dele, os narizes se encostando e os olhos nunca se abandonando. Então com uma estocada forte que fez ambos gemerem de boca aberta Snape encaixou-se profundamente em seu corpo, as bolas encostando na bunda.
Deveria se mexer, sair e entrar novamente, mas não conseguia. Havia um poder que subia por sua pele o fazendo tremer, vinha de dentro, do seu âmago, da alma. Harry também sentia, era forte e intenso. Quente. Mas não dolorido. Era como uma sensação de alívio após tanta turbulência, uma calmaria em meio a tempestade. Era o lugar deles, juntos, preenchidos. A magia de repente desprendeu-se de seus corpos atingindo o quarto com força fazendo os móveis voarem e baterem na parede. Snape ignorou e ainda olhando nos olhos de Harry começou a se movimentar saindo e entrando.
As estocadas eram calmas a princípio, mas então Harry raspou as unhas em suas costas arranhando a pele e causando uma excitação tão grande em seu corpo que se ajoelhou colocando as pernas do jovem em seus ombros e o fodeu com força. Harry gemia sem pudor falando palavras baixas que fazia Snape quase uivar de tesão.
- Tá tão gostoso, Severus. Continua.
O pênis de Harry estava ereto e duro feito pedra, uma proeza que a juventude trazia, pois pela terceira vez naquelas poucas horas estava pronto para se desmanchar de prazer. Snape sabia que não conseguiria aguentar muito mais também, seu corpo estava pedindo liberação de seu prazer já fazia muito tempo.
- Continua, isso. Ahhh!
Era tão delicioso ouvir os gemidos do seu ômega, gemidos de prazer e dados pelo seu pênis entrando e saindo batendo as bolas audivelmente em sua bunda, a cabeça cutucando-lhe a próstata o fazendo arquear as costas e gritar.
- Harry! – Gemeu Snape abrindo a boca, o ápice pronto para estourar.
- Severus!
Harry gozou espirrando porra em seu abdômen e um pouco no peito de Snape que se curvara para apoiar o peso no colchão. Estava cansado, mas o prazer era tanto enquanto estocava forte e fundo penetrando-o que não queria parar.
- Eu vou... Ahhhh!
O grito que soltou poderia ser facilmente escutado em todos os cantos do castelo se o quarto não estivesse com o feitiço silenciador. O homem jogou a cabeça para trás, fechou os olhos com força e abriu a boca enquanto sentia sua semente sair de si e preencher Harry por inteiro. A expressão de prazer dele era algo que o menino se surpreendeu por se apaixonar por ela. Era uma verdade que somente ele podia ver, era sua e somente sua. Enquanto Snape se recuperava levou sua mão ao rosto dele e afastou os cabelos grudados pelo suor. Então os olhos negros se abriram e havia algo diferente neles. Demorou um pouco para entender o que era, mas finalmente compreendeu que não havia mais tuneis escuros e profundos, nenhum vazio e escuridão no negror de suas íris, havia apenas o seu reflexo. Como se Snape tivesse sido preenchido por si assim como fora preenchido por ele que tapara todos os buraquinhos do seu coração ferido.
- Eu esperei tanto por você, meu pequeno.
- Eu cheguei, estou aqui. Não vou embora, Severus, meu lugar é com você.
Com calma Snape o puxou para um beijo casto, simples, mas tão cheio de significado que ambos souberam naquele momento enquanto ainda estavam ligados, que a marca fora posta, não por escolha, mas por destino. Sem mordida e sem dor. A marca mais profunda e rara que um casal Alfa e Ômega podem ter, a marca na alma.
