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Humanos
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Centro de Manhattan.
Enquanto isso…
A temperatura estava em torno de 12C, e uma brisa fria agitava as bordas de sua jaqueta enquanto ele caminhava pelas ruas movimentadas, de mãos dadas com a filha. A peruca rosa vibrante dela esvoaçava a cada passo animado e um cinto improvisado da Viúva Negra adornava sua cintura. Sua versão da Vingadora era um misto de espiã e princesa: blusa de manga longa e legging pretas, combinadas com botinhas e um casaco de inverno, ambos rosas.
O Dia das Bruxas envolvia a cidade em um caos vibrante – abóboras sorridentes, janelas cobertas de teias de aranha, silhuetas assustadoras tremulando sob a luz dos postes. Crianças fantasiadas passeavam entre os vendedores de doces, suas risadas se misturando ao som ocasional das buzinas dos carros.
— Olha, papai! — ela gritou, apontando animada. — A Torre dos Vingadores!
— É mesmo — ele riu, dando um leve puxão em sua mão. — Quase em casa, Viúva Negra.
Ela ergueu os olhos para ele, radiante. — Eu sou a Viuvinha Rosa!
Um sorriso se espalhou pelo rosto dele enquanto a menina girava sua varinha prateada com pura alegria. Ela estava crescendo mais rápido do que ele estava pronto para aceitar, já com 7 anos. Momentos como aquele – suas risadinhas, sua imaginação sem limites – eram os que ele mais valorizava. Depois de três anos preso por bancar um Robin Hood moderno contra seu ex-patrão corrupto, ele não perderia mais um segundo.
— Bom, acho que a Viuvinha Rosa merece um prêmio por salvar o mundo. — Ele sorriu. — Maçã do Amor ou sorvete?
A menina franziu as sobrancelhas, apertando os olhinhos numa expressão pensativa.
— Hmm… Maçã do Amor! Combina mais com o Dia das Bruxas!
— Boa escolha, docinho.
Ao se aproximarem do destino, ele fixou o olhar no arranha-céu futurista. Sua expressão era indecifrável. Lá dentro, havia inúmeras atividades para crianças – a desculpa perfeita para atravessar aquelas portas.
E, pela primeira vez em muito tempo, ele se sentiu com sorte.
Torre dos Vingadores.
O imenso complexo, alimentado pelo revolucionário Reator Arc de Stark, tinha a torre triangular como destaque. No topo, estavam a residência do bilionário em Nova York e o QG dos Vingadores, enquanto os andares centrais abrigavam as Indústrias Stark. Nos níveis inferiores, havia uma mistura de empresas de tecnologia avançada e outras áreas, todas alinhadas com a visão de Tony. Na base, uma estrutura retangular acolhia o público com um vibrante Centro Comunitário, repleto de exposições interativas sobre as inovações da IS e o Shopping dos Vingadores – onde o espírito festivo tomava conta de cada canto.
Desde que foi criado, o Festival de Dia das Bruxas dos Vingadores vinha se tornando uma tradição querida na cidade, transformando mais uma vez a praça central em um refúgio encantado. A entrada era gratuita, graças ao patrocínio da Fundação Vingadores, mas o evento também era aberto a doações. Estabelecida originalmente por Stark para apoiar as vítimas da Batalha de Nova York, a instituição contava com o respaldo de todos os Vingadores e agora se dedicava a ajudar aqueles afetados sempre que os super-heróis precisavam defender o mundo contra ameaças extraordinárias.
Guirlandas de doces enfeitavam as vitrines, enquanto funcionários vestidos como os super-heróis dirigiam as atividades e distribuíam guloseimas embaladas com capricho. A menina aceitou com animação um biscoito em forma de Mjolnir oferecido por um Thor. Em seguida, pararam nas estações de artesanato, onde um Hulk a incentivou a carimbar sua mãozinha no gigantesco mural de super-heróis. Com um sorriso orgulhoso, ela assinou: Viuvinha Rosa.
Logo em seguida, ela puxou o pai até o estande de pintura facial, onde um Gavião Arqueiro desenhou uma aranha-viúva-negra salpicada de glitter rosa em sua bochecha. Seu entusiasmo só aumentou quando foi premiada com um troféu pela originalidade no Concurso de Fantasias de Super-Heróis. A apresentadora, vestida como Viúva Negra, a abraçou para as fotos, tornando o momento ainda mais especial.
Mais tarde, no Campo de Treinamento de Super-Heróis, a menina se juntou a um grupo de crianças liderado por um Capitão América, todos correndo pelo circuito de obstáculos com escudos minúsculos erguidos enquanto se esquivavam das barreiras acolchoadas. Nos simuladores, ela vibrou de emoção ao "voar" ao lado do Homem de Ferro e do Falcão.
Quando finalmente se sentaram para almoçar no centro da praça, atores também fantasiados de Vingadores encenavam missões com toques sombrios e divertidos, arrancando risadas da plateia.
Para muitas famílias, era uma chance rara de aproximar seus filhos dos heróis.
Para aquele pai, significava muito mais.
Enquanto sua filha se maravilhava com todo o espetáculo, ele observava o esquema de segurança – câmeras estrategicamente posicionadas, guardas à paisana misturados entre os visitantes. Bem organizado. Exatamente como ele imaginara.
Turistas e fãs exploravam as lojas sofisticadas, e a pequena apertou firme a mão do pai ao se aproximarem da Loja dos Vingadores. Suas vitrines brilhavam com exibições de produtos temáticos: Viúvas Negras vampiras, Capitães América lobisomens e Hulks estilo Frankenstein. Havia até conjuntos completos dos Vingadores em versões zumbis e fantasmas.
— Papai, a gente pode entrar? Por favor? — ela pediu, interrompendo seus pensamentos.
Antes que ele respondesse, a menina disparou para dentro da loja, sua peruca rosa balançando enquanto corria pelos corredores. Assim que avistou uma boneca, soltou um gritinho animado.
— Papai! Olha a Natasha! Minha favorita!
Ele riu ao vê-la sentada no meio da loja, completamente concentrada, organizando as bonecas em círculo e conversando com elas como se fossem velhas amigas.
Depois de um tempo, pegou um boneco do Capitão América e, com a voz séria e doce, anunciou:
— Este é meu papai, Capitão. Ele também é um super-herói. Ele é… — Ela fez uma pausa dramática, levantando os olhos brilhantes para o pai antes de declarar com orgulho: — O Próximo Vingador!
Após horas de procura, vasculhando todas as lojas, Sam ainda não tinha encontrado nada que pudesse substituir o show de mágica que ele havia esquecido de agendar. Havia artistas por toda parte, mas ele não poderia levar qualquer um para dentro da torre para se apresentar para os bebês secretos.
Assim que JARVIS ligou, ele soube que era tarde demais.
Digitou rapidamente: Houve um atraso, mas estou a caminho. Seus ombros caíram enquanto a derrota se instalava em seu peito.
Com duas sacolas cheias de fantoches dos Vingadores nas mãos, ele parou ao ouvir uma frase extremamente familiar. A urgência chamava, mas a coincidência era grande demais para ignorar. A curiosidade venceu.
Virando-se em direção à voz, ele avistou uma garotinha com uma peruca rosa vibrante cercada por bonecas. Ao lado dela, um homem de estatura mediana e roupas casuais observava a cena. Seus cabelos castanhos, ligeiramente bagunçados, davam a impressão de que ele acabara de sair da cama.
Com um sorriso educado, o Falcão se aproximou.
— Oi, tudo bem? Você disse O Próximo Vingador? — Com seu traje branco e dourado do Hermes, ele se misturava perfeitamente à multidão movimentada de compradores.
Os olhos da menina brilharam. Animada, ela se ergueu nas pontas dos pés, com um sorriso tão largo quanto as abóboras na vitrine.
— Sim! Meu papai é O Próximo Vingador! Ele é um herói também!
— Sério? — Sam levantou uma sobrancelha, olhando para o homem. — Que tipo de herói?
— Ele salvou o mundo do inseto amarelo malvado!
— Uau, isso é mesmo impressionante. E como ele fez isso?
— Ele pode ficar super pequeno! Bem pequenininho! — Ela uniu os dedos, segurando-os quase colados, para dar ênfase. — E depois ele pode fazer as coisas ficarem grandes também! É tipo mágica! — Ela abriu os braços, imitando o movimento.
— Então, você faz truques de mágica?
O homem – claramente seu pai – tossiu levemente, desconfortável.
— Ela… ah… você sabe… crianças…
O Falcão estendeu a mão com um sorriso amigável no rosto. — Sam Wilson.
— Scott Lang.
Os olhos de Sam se arregalaram.
— Lang? O Próximo Vingador? — ele repetiu.
— Eu sou a Cassie! — a menina exclamou, praticamente brilhando de empolgação.
— Prazer em te conhecer, Cassie. Sua mãe é Marg…?
— Maggie! — ela respondeu com orgulho.
A mente de Sam fez a conexão. Maggie Lang. Agente da SHIELD, Margot Lang.
Esse cara era o marido dela. O mágico que a SHIELD já tinha aprovado. Aquele que Sam deveria ter contratado para a festa. Duas semanas atrás.
E ele estava bem ali.
Graças a Deus.
O entusiasmo de Sam aumentou e ele se virou para Scott, sem perceber que estava falando com o homem errado.
— Tá ocupado? Eu sei que é repentino, mas estamos organizando uma festa e precisamos de você. Eu pago o dobro. Não, o triplo. Só pra você fazer sua mágica para bebês!
Lang piscou, desconcertado.
— Ah… não, eu não… Quer dizer, eu tô aqui com minha filha…
Antes que ele pudesse terminar, Cassie pulou animada.
— Papai faz todo tipo de mágica! Ele desaparece! Faz meus brinquedos crescerem!
Exaltando carisma, Sam se inclinou para fechar o acordo.
— Olha, cara, você estaria me fazendo um super favor. Eu pago o quádruplo do seu cachê. É só uma hora, no máximo. Para bebês. Eles vão rir de qualquer coisa. E é aqui em cima…
— Em cima, na torre? — Cassie exclamou, se virando rapidamente para o pai, os olhos arregalados. — Com os Vingadores?
Sam estremeceu. Bem… ele realmente não podia dizer muito mais. Não ali, de qualquer forma.
Baixando um pouco a voz, ele se agachou, colocando um dedo nos lábios.
— É a festa do Hércules. Sabe, do filme da Disney? Tem comidas deliciosas, brinquedos… todos os deuses. Eu sou Hermes, o mensageiro deles. — Ele mostrou o seu traje e deu uma piscada. — Quer conhecer o Olimpo?
O suspiro dela foi alto o suficiente para chamar a atenção de algumas pessoas.
— SIM! Eu adoro o Hércules! Por favor, papai, por favoooor! A gente pode ir? Por favor, por favor, por favor?
O cérebro de Scott travou. Isso não podia ser real. Entrar na Torre dos Vingadores – como convidado – era uma oportunidade única na vida. Ninguém jamais teria planejado algo assim. Nunca. Com um pouco de sorte, ele talvez conseguisse ver tudo… Hank não ia acreditar. Hope… bem, talvez ela até ficasse impressionada.
Mas nada valeria colocar a Cassie em risco. De jeito nenhum.
Ele abriu a boca para dizer não mas parou quando viu o rosto dela. Seus olhos. A empolgação. A esperança. Ela estava radiante.
Como ele podia dizer não? Ele faria qualquer coisa para vê-la feliz.
Será que eu posso fazer isso? Devo? Só pra dar uma olhada rápida… Que mal teria?
E eu sou ótimo com crianças. Bebês devem ser mais fáceis, né? Já enfrentei coisas piores. Quão difícil pode ser?
Olhou entre sua filha e Sam, gaguejando. — E-eu acho que poderia?
— Obrigado, papai! — Ela gritou, saltando para os braços dele. — Você pode mostrar todos os seus truques! Você é o Próximo Vingador!
Ele hesitou novamente.
— Bem, quero dizer… não estou exatamente pronto para esse tipo de…
— Precisa de fantoches? — Wilson ofereceu rapidamente, levantando as sacolas cheias de brinquedos dos Vingadores. — As crianças adoram fantoches.
— Sim! Papai, você pode usar esses para a sua mágica!
Scott passou a mão pelo cabelo e suspirou.
— Ah… claro. Sim. Fantoches. Ótima ideia.
— Certo, então. — Sam disse animado, acenando para eles em direção à porta, sua confiança transparecendo a cada passo. — Vamos lá.
Térreo, Entrada Principal da Torre dos Vingadores.
Sam os guiou por uma passagem ampla que conectava o Shopping ao saguão principal da Torre. A imponência do lugar era inegável – moderno, elegante, mas exalando uma autoridade silenciosa.
Enquanto caminhavam, Scott observava os detalhes discretos. Agentes de segurança em ternos pretos estavam estrategicamente posicionados em cada entrada, atentos e imóveis. Pequenos relevos nas paredes sugeriam sensores ocultos, e o leve zumbido sob o piso de mármore polido denunciava um sistema de monitoramento altamente sofisticado. Tudo parecia natural e acessível — exatamente como deveria ser. Mas por trás da fachada acolhedora, havia uma fortaleza. Impenetrável.
Bem… Ele já tinha ouvido isso antes.
Ele relaxou um pouco enquanto seguia Sam, que caminhava com a confiança de quem pertencia àquele lugar. O segurança mal olhou para eles antes de abrir o portão lateral, permitindo a passagem deles sem questionamento.
Segurando firme a mão do pai, Cassie olhava ao redor, os olhos arregalados, absorvendo cada detalhe da grandiosidade ao seu redor. Um mural fez seu rosto se iluminar – retratos gigantescos dos super heróis cobriam as paredes. Sua empolgação era contagiante, impossível de resistir. Ela puxou o braço de Scott, apontando animadamente para cada foto.
— Os Vingadores!
Numa das imagens, o mais novo membro, Falcão, aparecia em pleno voo – máscara no rosto, asas abertas. Scott franziu a testa. O herói do mural parecia… sério. Quase imponente.
Ele olhou novamente para Sam, tentando comparar.
Ele parece muito jovem pra ser um Vingador… mas será possível?
Portaria Privativa dos Vingadores.
Eles pararam em uma área de segurança menor e mais isolada, afastada da movimentada entrada principal, mas não menos protegida.
Acima do posto de controle, uma placa preta e dourada exibia em letras claras: SOMENTE PESSOAS AUTORIZADAS. Quatro seguranças de terno preto observavam cada um de seus movimentos com atenção.
O estômago de Scott embrulhou.
Não tem a menor chance de me deixarem subir. A qualquer momento, fariam uma verificação, veriam seu histórico como ex-presidiário e… pronto. Fim de jogo.
— Stanley, esses são meus convidados — anunciou Sam, cumprimentando o homem atrás do balcão com um sorriso tranquilo.
Vestido com um terno preto impecável, camisa branca e gravata, o segurança veterano ergueu o olhar por cima dos óculos. Seus cabelos brancos curtos e as rugas no rosto lhe davam um ar acolhedor de avô, mas os olhos azuis brilhavam com uma astúcia que revelava muito mais vigor do que sua aparência frágil sugeria.
— Claro, Senhor Wilson. Sempre um prazer — respondeu educadamente. Então, desviou o olhar para o visitante. — E o senhor… Por favor, vou precisar de documentos de identificação para ambos. — O tom educado mal escondia a avaliação cuidadosa por trás das palavras.
As palmas de Lang estavam suadas quando ele entregou sua carteira de motorista e a identidade de Cassie – um cartão do plano de saúde fornecido pela mãe.
É isso. Bom demais pra ser verdade.
Ele cerrou a mandíbula, preparando-se para a decepção de Cassie.
— Sam… eu… ah… acho que deveria te contar uma coisa… — começou hesitante.
Mas, antes que pudesse terminar, Falcão deu um passo à frente, mantendo-se calmo e confiante.
— Não precisa checar os antecedentes agora, Stanley. Já fizemos isso antes. O Acordo de Confidencialidade basta — disse Sam, educado, mas firme, lançando um olhar para o computador que não deixava espaço para discussão. — Estamos com pressa.
O homem mais velho hesitou por um instante, olhou entre eles, então deu de ombros.
— Como quiser. Por gentileza, fique parado, Senhor Lang. Preciso tirar uma foto.
Com um resmungo baixo, ele tocou a tela do computador, imprimiu um Acordo de Confidencialidade padrão e deslizou o documento sobre o balcão.
Sam inclinou-se levemente.
— Protocolo básico, pode assinar. Mesma coisa da SHIELD. Você sabe como é, não pode comentar nada do que ver ou ouvir lá em cima. Tá acostumado com isso, né?
Tendo trabalhado na VistaCorp, uma empresa de segurança, Scott estava familiarizado com acordos de confidencialidade usados para proteger tecnologia proprietária, dados sensíveis e segredos comerciais. Sem dúvida, a SHIELD e as diversas empresas de tecnologia na Torre adotavam procedimentos semelhantes. Ele assentiu rigidamente, pegou a caneta com os dedos trêmulos e assinou rapidamente o documento antes de deslizar o papel de volta pelo balcão.
Enquanto isso, Stanley desviou sua atenção para a garotinha.
— E agora sua foto, mocinha. Senhorita Cassandra…
— Cassie! — ela respondeu animada, apertando ainda mais a varinha brilhante nas mãos. — Posso ver? — Sua peruca rosa balançou quando ela ficou na ponta dos pés, tentando espiar por cima do balcão enquanto Stanley preparava os crachás de visitantes.
Enquanto ela conversava alegremente, o guarda examinou suas mochilas e a sacola de fantoches dos Vingadores que Sam carregava. Lang prendeu a respiração quando viu o protótipo do bracelete – um dispositivo desenvolvido por Hank Pym para o uniforme da Vespa. Scott estava tentando aprimorá-lo para impressionar sua namorada, Hope Van Dyne, e o pai dela, Hank.
Junto com os brinquedos dos Vingadores que Cassie havia ganhado no festival, a pulseira não parecia perigosa. Não ativou nenhum alarme, mas Stanley olhou atentamente para o dispositivo antes de colocá-lo sobre a esteira.
Ao observar pela máquina de raio-x, ele ergueu uma sobrancelha. Seu grosso bigode se contraiu com curiosidade.
— Excelsior! O que temos aqui? Tecnologia avançada?
O pânico subiu pela garganta de Lang. Ele soltou a primeira coisa que veio à mente:
— E-eu tenho mestrado em engenharia.
— Ah, é? E o que exatamente isso faz?
Antes que o pai conseguisse inventar uma resposta razoável, Cassie se adiantou:
— Faz as coisas ficarem pequenas e grandes! Igual minha varinha da Viuvinha Rosa, que faz tudo brilhar!
Divertido, o guarda estendeu a mão, e a menina prontamente entregou o brinquedo, que passou pelo scanner sem problemas.
Sam não perdeu o ritmo. — Truques de mágico — acrescentou com uma piscadela. — Tudo parte do show.
Scott abriu a boca… mas nenhuma palavra saiu. Ele forçou um sorriso para o segurança.
— Muito bem, Senhor Lang — Stanley respondeu, antes de se inclinar novamente para Cassie. — Viuvinha Rosa, você é, sem dúvida, a super-heroína mais legal que conheci hoje. Mantenha esses vilões na linha, hein?
Ele abriu a gaveta, pegou um pacote de doces dos Vingadores de trás do balcão e entregou para ela.
— Aqui. Para a sua aventura.
— Obrigada, tio! — ela agradeceu radiante, abraçando os doces contra o peito e lançando ao pai um sorriso alegre.
Ao devolver o uniforme do Homem-Formiga para a mochila, Stanley comentou, num tom divertido.
— Belo traje. Você também é motociclista?
— Eu… só… não exatamente…
Scott riu sem jeito, tentando – e falhando – imaginar o veterano segurança pilotando uma moto.
Stanley deu um último aceno de cabeça, sua postura ficando mais formal enquanto entregava os crachás.
— Certo. Tudo pronto.
— Valeu, Stanley — Sam agradeceu, conduzindo-os adiante. — Vamos nessa.
Elevador Panorâmico Privativo dos Vingadores.
Assim que as portas se fecharam, os olhos de Scott se moveram freneticamente pelo ambiente elegante e ultratecnológico. Uma tela embutida exibia diversas informações sobre a área, incluindo temperatura, altitude e até o peso de cada ocupante. Mais uma vez, nenhuma câmera ou sensor era visível.
A vista era de tirar o fôlego, e Cassie parecia completamente encantada.
— A gente tá voando! — ela sussurrou, pressionando o nariz contra o vidro enquanto admirava a cidade lá embaixo.
Sam se aproximou, abaixando um pouco a voz, o tom carregado de urgência.
— Só uma coisa… Por favor, não comenta que a gente acabou de se conhecer.
Lang franziu a testa. — Sério?
Wilson respondeu com firmeza. — É muito importante pra mim que eles nunca descubram, tá?
— Tá bom… — Scott murmurou, não completamente convencido.
De repente, uma voz masculina educada, com um distinto sotaque britânico, ecoou pelos alto-falantes.
— Bem-vindo de volta, Senhor Wilson. Senhor e Senhorita Lang, sejam bem-vindos à Torre dos Vingadores. Para onde desejam ir?
Sam respondeu prontamente. — Olimpo, JARVIS. A festa nos espera!
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Nota da Autora: Muito obrigada por ler!
Admito que é estranho escrever isso quando parece haver tão poucos leitores por aqui. Mas para aqueles que estão acompanhando, sou imensamente grata. Seu apoio significa mais do que posso expressar.
Dito isso, serei sincera. É desanimador postar e sentir que estou falando com apenas duas ou três pessoas (e, infelizmente, recebendo mais mensagens de artistas oferecendo comissões do que comentários genuínos). Também percebi que, além das minhas, praticamente não há fanfics Romanogers em português nesta plataforma, o que me faz questionar se há algum interesse por aqui — mesmo que as estatísticas mostrem mais de uma centena de views nessa história.
Ultimamente, tem sido difícil lidar com essa enxurrada de ofertas de comissão e, ao mesmo tempo, ver tão poucos leitores interagindo. Isso tem afetado meu ritmo, e confesso que está sendo complicado manter a motivação para atualizar a história.
Mas fiquem tranquilos: vou terminar essa fanfic aqui. No entanto, depois disso, estou considerando continuar escrevendo apenas no Wattpad, onde o controle de spam é melhor e o engajamento dos leitores brasileiros é um pouco maior. Então, se quiserem continuar acompanhando meu trabalho, podem sempre me encontrar por lá.
Ainda assim, valorizo muito as conexões que fiz aqui e não gostaria de fechar essa porta completamente. Então… se você está gostando desta história — ou de qualquer outra que escrevi — por favor, me avise. O comentário dos leitores faz uma diferença muito maior do que vocês imaginam. E eu aprecio todo o feedback. Quero dizer, qualquer tipo de feedback — até mesmo um simples "Não gostei disso" é útil. Estou falando sério!
Mais uma vez, obrigada!
xoxo, Mari
Curiosidade: O nome verdadeiro de Stan Lee é Stanley Martin Lieber.
REFERÊNCIAS:
FILMES DO MCU:
Homem-Formiga (2015) — Tudo é canônico, exceto: o QG dos Vingadores continua na Torre, não no interior do estado de Nova York, portanto Sam e Scott nunca se encontraram antes.
[Sam] É muito importante para mim que o Cap nunca descubra isso.
Homem-Formiga e a Vespa (2018) — A pulseira da Vespa.
